Valsa da Agonia

Eu podia estar lá, me ludibriando.

Mas reconheço a languidez

Desta frágil casca que definha.

Eles dançam a valsa da agonia

Com suas máscaras de cera

Que ao alvorecer derretem

como as asas de Ícaro.

Uma desesperada procura

Por algo qualquer que possa

Livrar-lhes da incessante dor

As horas do relógio negro do tempo

Percorrem em minhas veias,

tempo este que não irá perdurar por muito

Esgota-se como páginas de um diário

Ph Vieira
Enviado por Ph Vieira em 20/02/2013
Reeditado em 03/04/2021
Código do texto: T4149701
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.