Boemia

Das pequenas certezas que tenho na vida

uma delas é que a boemia ainda vai me matar um dia

Essa maldita boemia!

Vadia que me seduz

e tira-me o sono

e rouba-me o prazer de sentir o frio

dessas belas manhãs de inverno

Ah! A Boemia!

Essa dama de lábio quentes

e mãos suaves

que me conduz por ruas escuras

de bar em bar

Essa velha carcamana

que faz minha cabeça doer

às nove horas da manhã de uma quarta-feira

ou de uma segunda de sol ardente

A Boemia...

Aquela a quem sigo como devota e amante eterna

Aquela que me ludibria

e me liberta das mazelas de uma vida programada

Ah! Essa Boemia!

Amiga minha desde os tempos de escola

Companheira das noites longas de insônia

Seu coração a muitos homens pertencem

Meu espírito corre leve

por entres dedos longos

Ah! A Boemia...

Essa que corrompe minha alma e minha carne

Quem dera libertar-me das amarras de teus braços!

Mas contigo quero viver e morrer assim,

sedenta por mais um pouco do vinho

que teus lábios libidinosos têm a me oferecer

Ah! Essa Boemia...

Mônica Ash
Enviado por Mônica Ash em 09/08/2005
Reeditado em 10/07/2014
Código do texto: T41499
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