Quando as lágrimas chegarem

Não importa o tempo, que virá.

O sorriso estará morto,

E a dor se levantará sob a fúria de um direito,

Como um parto em meio

Aos gritos soltos do peito,

Amordaçando a boca,

Amordaçando a alma.

Em meio a uma enorme culpa,

Em meio a um castigo.

Será possivelmente obrigado

A suportar o repressivo.

Não passará de um passo,

Pois que de um laço,

Sob a garganta

Decepará o pescoço.

Quando a noite chegar,

Sob a escuridão das horas,

Com certeza, como acompanhante,

Há de se mostrar uma saudade profunda.

Numa esperança louca a declarar

Toda uma vontade,

Sentida e ouvida pelo pecado em te amar,

No tempo errado.