ENSEADAS
ENSEADAS
As enseadas eternas
que se escondem no emergir do
rugido de Deus.
As enseadas divinas
onde redescobrem
os sóis eternos
que se prefiguram
em mundos.
E aí estão os muros...
As enseadas de
esteiras encobrindo
o sono dos justos.
As enseadas
dos que estão além norte,
a leste de toda dor.
As enseadas de brilhos
onde os grandes trilhos
nos encaminham.
As enseadas
além pântano
onde brilha o sorriso de Deus.
As enseadas do inverno
que não mais existirá
além mentira, além esfumação,
cântico fúnebre.
As enseadas eternas
da aurora
onde brilha o rouxinol
eterno e seu cântico.
As enseadas divinas
e suas encostas seguras, brilhantes e diamantes.
FERNANDO MEDEIROS
Campinas, é março de 2007.