Onde estarão as estrelas?
Angélica T. Almstadter
11-02-05
Talvez na escuridão dos meus olhos,
Ou na sensibilidade da minha língua;
Porque jurei mantê-las aquecidas,
Iluminando sem cessar,
A dor que aos poucos míngua.
Quem sabe estejam no leito esparramadas,
Uma a uma delicadamente bordadas,
Para abraçarem meu corpo frio,
Que foge das noites por causa do vazio.
Sei que posso alcançá-las com a mãos;
Penduradas no meu teto,
Chorando pelas noites sem chãos,
Que matei sem afeto.