Curandeiro

Às vezes sinto que eu não estou em mim.

Que não cheguei ainda, nem perto de entender,

O que muitas vezes se mostra injusto.

O que muita vezes quis esquecer.

Imagino ingênuo, que deve haver encaixe,

Lugar, espaço, sobra, conforto.

Situação em que sabemos estar internos.

Em nosso ocupar, em nosso terreno.

Pensando nisso, sinto que não sou eu ainda,

Pois não encontro paz nem aqui,

Nem em lugar nenhum da vida.

Que caminhos tem meu nome?

São os mesmos espinhos dos que como eu vagam sem sabê-lo?

Esqueço...

Melhor não desenrolar este novelo.

Espero o tempo,

Que ele passa,

Curandeiro.