ALMA DE MENINO. PARA MEU AMIGO CYRO



Chamam-te poeta pelas manhãs e primaveras,
Quando converte em versos tuas lagrimas aladas,
Na imensidão dos sonhos, devaneios e loucuras,
Que salpicam nas calçadas pelas madrugadas.

És tu quem empresta as estrelas o brilho da luz,
A exaltar a dor e a sombra dos amores ausentes,
Torna o destino cúmplice da sublime ousadia,
Que dá vontade de abraçar o mundo constantemente.

Encontro nos teus poemas às vezes um triste canto,
Perdido entre teu pranto e o sorriso cristalino,
Que sopra ao vento um grito, um chamado,
A estender os braços com tua alma de menino.

O peito se agita, as mãos correm cheias de graças,
Nova musa desfila em tuas linhas como antes,
Nesta estrada passam quimeras, fantasias, solidão,
Em versos que te torna da poesia eterno amante.