PLÊIADES

PLÊIADES

Miríades de paz,

magnânimo reprocessar.

Cantiga em forma

de oração.

Miríades e reclusão.

Castigo no lusco-fusco.

Algo a brilhar.

O que será, enfim?

O brilho é tão difícil se

preconizado pela ternura.

Miríades e constelações.

Abraços do ontem,

serpentes do nada,

tudo vai ao encontro

do sonho do poeta,

que é a nova cidade

adornada de miríades de flores.

Os sonhos e as cores

refletindo-se ao rufar dos tambores.

Miríades e cascatas

a par dos lírios,

os novos delírios.

A centigrama do sistema

e a imaginação nas miríades.

Constelações abruptas

nas grutas encantadas de pedras preciosas.

Lá é o Reino do Todo-Poderoso.

Qual é o mapa de se chegar até lá?

Mas, por enquanto, dentro das

miríades que aparecem na realidade,

o sonho com a nova cidade.

FERNANDO MEDEIROS

Campinas, é março de 2007.