Poucos reflexos me restam

POUCOS REFLEXOS ME RESTAM

Poucos reflexos me restam

Muitas artes me esperam e eu não vou…

Que importa a poesia que não se escreve!?

Soluço tantas vezes meus poemas!

Engulo as penas…

E com algemas…

Desesperadamente

Não apanho os versos.

Se ao menos a outra mão me acompanhasse

Deixasse de tremer

Enquanto escrevo poesia

Certamente prometia

Não mais chorar.

E neste acervo

Se eu achasse qualquer remédio

(Uma pílula milagrosa qualquer)

Que me pudesse rejuvenescer

Parasse este meu tango…

A que chamam de Parkinson.

Voltaria a dançar fandango

Voltaria a dançar o charleston.

16-05-2005 18:46

Rogério Simões

romasi
Enviado por romasi em 10/08/2005
Código do texto: T41790
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