A POESIA VENCE
Eu não venço a poesia
ela que sempre me vence,
Por si só me convence,
Versejar só me dizia.
Tentei parar, eu juro,
Parar de escrever versos,
No passado e no futuro,
Nos meus vários universos.
Mas sem que eu veja,
Já estou na escrivaninha
E uma ideia me beija,
Como beijo duma rainha.
E toma minh´alma silente
Os meus vãos pensamentos
Que simbolizam somente
Os mais duros lamentos.
Da poesia sou fã,
Por isso tento escrevê-la,
Na fulgente manhã,
No fulgir duma estrela.
Mas sinto-me indigno
E sem qualquer talento,
Sem nenhum signo,
deito-me neste relento.
Adeus, poesia adeus!
Não sei quando voltarei,
Ao findar os versos meus
É tudo o que deles deixei.
(YEHORAM)