OUTONO
Um arrepio de frio correu-me a espinha
E uma luz de âmbar dourou a tarde
E derrubou folhas amarelas.
Na hora certa senti o balanço da Terra
Mandando a luz para o outro lado
E os meus pés sentiram o fluxo frio
Fazendo as seivas descansarem
Do seu pulsar leitoso
Em retiro visceral
E silencioso
Para tecerem novas folhas,
Flores, frutas e sementes
Prevendo uma primavera
E um novo verão.