OUTONO

Um arrepio de frio correu-me a espinha

E uma luz de âmbar dourou a tarde

E derrubou folhas amarelas.

Na hora certa senti o balanço da Terra

Mandando a luz para o outro lado

E os meus pés sentiram o fluxo frio

Fazendo as seivas descansarem

Do seu pulsar leitoso

Em retiro visceral

E silencioso

Para tecerem novas folhas,

Flores, frutas e sementes

Prevendo uma primavera

E um novo verão.

Chico Steffanello
Enviado por Chico Steffanello em 21/03/2007
Código do texto: T420105
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