Sou...

Sou quem Sou,

mas quem Sou

_tão distante está de mim_

que Ser agora, foi Ser antes,

é Ser fim.

A consciência de Ser

torna-me velha

no tempo em que estou

e muito moça

no que não sei, mas Sou.

Sou tudo o que é:

o que anoitece...amanhece.

Procuro-me entre o Sol e a Lua,

entre a casa e a rua,

entre a música, a cor...a prece.

Se tão distante estou de mim,

tenho que me repensar.

Encarar alguns problemas,

ir à luta com vontade

de vencer e acertar.

Para Ser que Seja plena

ou nada Seja, então.

De que vale Ser quem Sou,

se não sei identificar

a estrela solitária de uma constelação?

Sou grão

em solo fértil,

tentando germinar

a energia da bondade

que promove o bem estar.

Ser agora

foi Ser antes...

é Ser fim.

É fazer da existência

tudo o que se fez em mim.