Ao poeta tóxico
Vejo-a
Linda
Nua
Vejo-a
Com motivos muitos
Para sorrir
Todos aqueles
E mais alguns
Que tenho eu para beber
Pudera eu
Bebesse eu
Mais gotas de tua mágoa
Pois teu sorriso
Faz-me ébrio
E tua embriaguez me torna são
Que se embriagues tu de mim
Linda
E nua
Que me cuspa, me odeie e me morda
E de mim convalesça
Que jure nunca mais me beber
Mas que seja eu tóxico
Vicioso e desesperador
Assim que a veja
Linda
Pura
E nua