Teu livre arbítrio

Ao que viajas nas ondas, à quimera dos teus júbilos

E balanças, tal e qual uma nau, essa, sem rumo certo

E encontras no teu eu, mais que mais um zonzeante,

Aqueles crivos de pesares dos teus dias incertos, ou,

No então de tuas buscas infindas, mares bravios,

Reencontras em ti a força que te elevavas, no outrora

E lembras dos teus momentos em que o outro, solícito

Trazia-te à praia e secava tuas lágrimas, ao te sentares

(Estava, este, a teu lado, trazendo-te o alento, aprazível

Pelo amor que te dedicava, em tempo, e te fazia sorrir...)

Estás, pois, ao livre arbítrio de teus dias ... a merecê-lo,

Ou simplesmente, ao léu, deixá-lo de lado e prosseguir.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 02/04/2013
Código do texto: T4220121
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