Teu livre arbítrio
Ao que viajas nas ondas, à quimera dos teus júbilos
E balanças, tal e qual uma nau, essa, sem rumo certo
E encontras no teu eu, mais que mais um zonzeante,
Aqueles crivos de pesares dos teus dias incertos, ou,
No então de tuas buscas infindas, mares bravios,
Reencontras em ti a força que te elevavas, no outrora
E lembras dos teus momentos em que o outro, solícito
Trazia-te à praia e secava tuas lágrimas, ao te sentares
(Estava, este, a teu lado, trazendo-te o alento, aprazível
Pelo amor que te dedicava, em tempo, e te fazia sorrir...)
Estás, pois, ao livre arbítrio de teus dias ... a merecê-lo,
Ou simplesmente, ao léu, deixá-lo de lado e prosseguir.