Ordinário

Logo você que critica o tempo

Que ensinou-me a importância do silêncio

Logo você que das letras tirou a essência

Que mostrou-me uma sociedade esquizofrenica

Logo você que pregou o pensamento moderno

Que abriu-me as janelas da paciência

Cadê você?

Homem ordinário sem palavras

Vazio de presença e de amares

Cadê você?

Sumiu e me deixou aqui

Sem palavras

Sem gestos

Sem ares

Maíra Ribeiro
Enviado por Maíra Ribeiro em 22/03/2007
Código do texto: T422099