Três Horas da manhã

Sou uma criatura noturna. Quem iriei enganar?

Meus movimentos só fazem sentido quando tudo

parece perdido.

Sugando minha própria energia, para recuperá-la de dia.

A escuridão e o silêncio me abraçam harmoniosamente.

Não sei que espelho teria coragem de mentir para mim.

Ele com certeza sorriria e mostraria minha patética ternura,

fingida de curativos para feridas invisíveis.

De que me importa tudo isso? Jamais compreendi o motivo.

Sei exatamente o que não sou. Não me esconderei na

minha própria pele, não antes que toda dor finalmente se

Revele.

Tudo aquilo que a faca, um dia prometeu pintar de vermelho e

vingar aquele velho dia cinzento.

Ó sol, você sempre insiste em me despir de minhas convicções.

Aniano Henrique
Enviado por Aniano Henrique em 05/04/2013
Reeditado em 17/05/2013
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