“A deriva”

Quando esse bulir conhecido bate a porta

E as lacunas dos dias parecem maiores

A alma dúbia desfalece em mar aberto

Que na sua placidez traga os pensares.

Um nada medíocre, toma o vácuo deixado

O balanço nauseante de pensamentos torpes

Hesitar que impõem para além das certezas

Versos entorpecidos, que morrem nas horas.

Aí sou barco a deriva num mar de palavras

Travadas na soleira da porta de cada poema.

Suicidando o presente, na confusão dos dias

Que na distancia abandona o viço do ontem.

Nas vezes que débil por migalhas implorei

Só tive refugos, sobras de tudo o que doei.

Glória Salles

-Registro na Biblioteca Nacional

-Ministério da Cultura

-E.D.A.

Glória Salless
Enviado por Glória Salless em 05/04/2013
Código do texto: T4225764
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