Ecos
Eco distante
Reluta e estarrece
O medo que abusa do olho
Quando minha coragem aparece
E ouço o arrastado constante
Das cordas que não envelhecem
No som que me cisma os ouvidos
O pingo de orvalho que naquela folha adormece
O resto de rastro que ecoa
Imprime na mente as imagens
Que vão desdobrando os segredos
Do que percebi nas paisagens
A face cantante da nuvem
Gritando pra mim os seus verbos
Ecoando a distância dos sonhos
Que gravo no alto relevo dos versos