A voz do silêncio

Nem noite, nem dia.

Nem pele, nem alma.

A vida caminha.

Tortuosas vias

Imagináveis pontes.

E na fronte,

suor respinga.

Asfixia.

Calma!

Tela repleta

Nanquim e tinta

E surge a voz do silêncio

em meio à anarquia.

Não vou contê-la.

Que venha com a verdade, mesmo que doída.

Que venha sussurrada ou gritada e

enlouquecida

Mas que enfim

desperte a ira, sempre tão contida!