Manoel de Barros

Querido Manoel de Barros,

quando te escuto, canto.

Quando te leio, rezo...

Saber que existes,

é voar...

O azul que me cobre,

chama-se Manoel.

A brisa que me toca

traz alegria e vitalidade

Descobri,lendo teus livros,

que as paredes falam

porque silêncio é beleza.

Que os pássaros me dizem

coisas belas em seus gorjeios...

Que a cigarra trabalha

e a formiga canta.

Que as abelhas fazem mel

e desenhos sonorizados no ar...

Que os ouriços escutam o canto da natureza

E a delicada e bela ave pousa

no galho seco para descansar feliz.

E assim, vou descobrindo você

em todas as coisas indefinidas,

porque são livres e delicadas.