Os pensamentos estão soltos,
Vagando no estado mórbido das coisas.
Curvas em estradas distantes,
Direções estranhas sem sentido.
As idéias embaralhadas causam espanto,
Criando raizes profundas no sentimento.
Um voz estridente ensurdecedora,
Incomodando o silêncio pleno.
A vontade se rebela sem saber onde ir,
Cruéis dilemas de confusão e medo.
Hoje quero mais do que ontem,
Amanhã já não desejo ter;
Quero somente ser sem cobranças.
Os atos vão se moldando livremente,
Feito cascatas coloridas num lugar perdido.
O chão se abre querendo nos engolir,
Não entendemos nada;
Apenas fugimos para nosso interior.
Elétricos seguimos vacilantes,
Errantes em decisões temerosas;
Tentando adiantar o tempo.
Quando pensamos ser senhores,
A servidão já nos devorou;
Restando apenas fragéis comoções.
O céu está nublado,
Mas pode mudar a qualquer momento;
Enquanto miramos o inesperado.
Entre sorrisos e lágrimas,
Sobrevivemos sem a exata noção;
Sendo o que somos até a morte.


Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 09/04/2013
Reeditado em 09/04/2013
Código do texto: T4232326
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.