Vai meu ser indelével 
Rebuscando o mundo resoluto 
Insistindo ao saber diminuto 
Que a dor em mim seja delével. 
Permita o céu que a morte seja branda, 
Do deletério vício me cure,
Destino infundo de vil inconveniências, 
Ferindo a decência do homem impoluto. 
De vestes rasgadas desce ao fundo, 
Vertendo arrependimento, 
Amarga aragem em sofrimento 
Sentença de filhos bastardos. 
Do primeiro ao último olhar, 
Vão-se as imagens infusas levando, 
Amargo exílio de espíritos odiosos; 
Adeus perene  dos rebeldes em marcha. 
Da batalha cega ao martírio insano, 
Correm o sangue dos libertinos, 
Abatidos pelo punhal da ignorância; 
Cravado em seus corações frios. 
Da certeza ao esquecimento, 
Jaz na tumba da escuridão, 
Os heróis anônimos em suas distrações; 
Loucuras de um saber profano. 
Em suas memórias agora emudecidas, 
Calaram-se os sonhos entorpecidos, 
Tendo por companhia os famintos vermes, 
Correntes do indiferente olhar; 
Aos infortunados miseráveis. 
Vão os infiéis a beber do cálice, 
No fino banquete de suas delinquências, 
Demências de mentes insanas; 
Devorados em seus abismos. 
Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 12/04/2013
Reeditado em 10/03/2018
Código do texto: T4237085
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