LIBERDADE

Povo português tão oprimido,

Por um regime deveras fascista,

Que ansiava pela liberdade à vista,

Angústias de corpo tão sofrido.

Dominados sempre pela censura,

Do quero, posso, e mando,

Com imensa dureza, sem brando,

De quão homens sem ternura.

Assim imperou por longos anos,

Tristes olhares de tanta fome,

Alma num corpo que não come,

Entre as leis, espíritos profanos.

Começando a levantar-se a voz,

Da revolta em mentes populares,

Mesmo entre as patentes militares,

Inicia-se na gente revolução feroz.

Clamando o direito à expressão,

Bem como os direitos dos cidadãos,

Fruto de tanta luta de nossos irmãos,

Contra um regime sem ter razão.

Instaura-se a tão sonhada liberdade,

Que custou tanto ao nosso povo,

Acabar esta política do estado novo,

E venha dai a democracia de verdade.

Os cânticos ouvem-se de vitória,

Libertação da gente em sofrimento,

Que se acabou finalmente o lamento,

Ficando para sempre na história.

ANGELO AUGUSTO

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 18/04/2013
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