Timo
O que te falta?
Já não basta o abismo?
O que te consome, amor?
Veias,
teias.
Cobre-me com este véu,
a vida não está turva o suficiente.
Não me engula,
luz – calor – som,
absorva-me convenientemente
ao apresentar esta filha àquelas incertezas tão pertinentes.
Pardalzinho manco de asas cortadas;
o avião de papel mal feito
e as botas de Ir – Irídio.
É, boneca, um mero metal transitório
ousa privar-te
do delicioso caos
de uma existência abusiva.