É tarde

É tarde,
A chuva fina e essa saudade
que nem fica e nem vai.
Debruçado à janela
os olhos fitos nela
que sai, que cai...
e o frio cortante,
a noite vacilante se aproxima
sem canto, encanto,
sem verso, sem rima.
Sigo o curso da água,
sem nexo, sem mágoa,
pelo trajeto tortuoso,
caminho sinuoso...
sem destino,
sem tino,
sem morada pra ficar.
Sempre em frente,
indiferente,
onde há de desaguar?


Maurício Pais
Enviado por Maurício Pais em 23/04/2013
Código do texto: T4256109
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