Consolação
Um vulto vai cobrindo a noite...
Enquanto os homens procuram as mulheres.
E as mulheres oque será que procuram?
Pergunta minha mente,
Mas meu coração não responde.
Na rua escura vão os meliantes da cidade,
Provavelmente idealizando um crime.
Ainda bem que sou pobre e ninguém me roubará,
Tudo o que tinha já me levaram a um bom tempo.
Os bêbados vão fazendo arruaça e contando piadas.
Caindo e se levantando e dando boas gargalhadas.
Parecem felizes, mas ninguém sabe na realidade,
O sofrimento que os levam a tal carraspana.
Deveria também embebedar-me,
Mas falta coragem pra entregar-me ao vício.
Talvez por que eu saiba que ele não vai me leva a nada...
Mas a vida também não me leva e eu continuo a tragando.
Deus meu Deus, ainda acredito em vosso poder;
O ocultismo dentro de mim não é incredulidade.
Não me deixe assim sozinho nessa noite,
Não deixe que eu me drogue nos becos escuros.
Noite vazia; céu vazio....
E uma vida mais vazia ainda.
Meu ponto fraco é minha fraqueza,
Mas não conte isso aos meus inimigos.
Vai amanhecer e inda não achei minha casa.
Mas será isso mesmo que procuro?
Não devia dizer mais é bem verdade...
Essa madrugada só queria um pouco de consolação.