O gato, a gota e a rosa

Na bruma de um canto_santo

Sonoro como a paz de um cego_ego

Arfo branas em redondilhas eternas

Que por mim reverbera

Olhos de planetas oitavas_estavas?

Balizam imaginação cintilante

Que falta me faço,

Se recheio sou de um corpo

Que cala... que fala?

Observador desconhecido

Em patas aveludadas

Ronda meus olhos

Inúteis como o ontem

A canção recorrente

Goteja minha memória

No tom, que afinado,

N´alma felina ronronaria_sem demora

Quem me dera silenciar

Em noite orvalhada

Serena, alimento dos dias vãos

Apenas botão que o valha

Toda vã lucidez

É sonho parco que não desabrocha

Na pétala que finge ser

O ser, que é rosa_sempre foi

Sem o saber,

É sombra de um nada-ser

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 14/08/2005
Reeditado em 03/02/2014
Código do texto: T42653
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