Simples Assim!...

Ando sem muita pressa da vida.

Sem pensar em perfeição.

Sem me preocupar com o que irão pensar de mim.

Ando buscando ser feliz sem emblemas

Se rótulos, sem questionamentos.

Ando deixando de lado

Os sorrisos amarelos e falsos,

E rindo tão somente quando quero.

Acho que assim está melhor.

Ando me estressando bem menos.

Ligando meus “botões” de vez em quando.

Ando querendo ter por perto

Apenas quem meu coração pede.

Simples assim.

Sem ter que enfeitar para satisfazer.

Sem ter que perfumar para suportar perto.

Ando sonhando ousadias.

Brincando de pega-pega comigo mesma.

Acordando no meio da noite

Para ouvir aquela música preferida

Sem receio de cair no sono, durante o dia.

Indo dormir a hora que me der vontade.

E fazendo as coisas ao meu modo.

Sem receios de represálias.

Sem ligar para o que irão pensar.

Tão afim das minhas ideias.

Pouco interessada no que andam pensando.

E talvez por agora enxergar o mundo

Com olhares mais amenos,

Creio eu que tudo esteja conspirando.

Uma conspiração favorável

A realizar desejos e quereres.

Já diz Jorge Vercillo

Que se soubermos pedir,

Tudo vem.

E talvez agora esteja eu

Aprendendo a pedir com mais força.

Esteja eu pedindo, sem medo do “não!” como resposta.

E isso é tão bom!

Faz com que repensemos nossos ímpares e pares.

Nossas reais intenções

E o que nos é imposto goela abaixo.

E ando não querendo engolir mais sapos.

São seres venenosos,

Que ferem a língua

E nos infectam não só o sangue

Mas por onde quer que ele corra.

Engoli-los nos torna covarde.

“Vacas de Presépio”,

Que ecoam “amém!” a todos.

Não quero ser assim!

Ser inanimado.

Sem vontade própria.

Sem o prazer de dizer “Estou indo!”...

Quero poder sentir o que quiser.

Abraçar quem desejar.

E declara meus sentimentos

A quem quer que queira retribui-los.

A vida vai nos ensinando.

Ora por amor,

Ora pela dor.

Quase sempre aprendemos

Pela segunda opção.

Aprendemos com os tropeços.

Com os machucados e cicatrizes.

Infelizmente.

Seria tudo tão mais fácil

Se o amor fosse o guia.

Caberíamos mais dentro dos abraços

E sorriríamos muito mais.

Ando mais feliz com meu espelho.

Ele parou de oferecer críticas.

(Ou talvez tenha eu não mais as ouvindo)

Chega um momento do caminho

Em que a gente aprende a selecionar.

E confesso, ficamos exigentes.

Farejamos como cães de caça

Em busca de algo que nos forre o estômago.

Que nos faça ficar de pernas para o ar.

Sem aquela orelha em pé, após a refeição.

Vamos seletando coisas e seres

Que não só nos satisfaçam.

Que nos completem.

Que nos surpreendam.

Isso sim vale a pena.

Mesmo quando ficarmos velhos.

E tão senis que mal saibamos

Urinar no vaso sanitário.

Ainda assim saberemos

Que fomos felizes em nossas escolhas.

Em não engolir mais os “sapos”.

Em desejar ter por perto

O que pedir a alma.

Bem baixinho...

Ando pisando em flores.

E isso é bem melhor

Que as farpas

Que inúmeros espinhos

Postos até então no trajeto.

Pode ter certeza.

Simples assim!...

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 05/05/2013
Código do texto: T4274684
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