O tudo e o nada

O tudo e o nada

Não sou gordo

Nem sou magro

Não sou bonito

Nem sou feio!

Não sou patriota

Nem sou socialista

Não sou pedra

Nem mesmo água

Sou o grito dos pulmões dilacerando as injustiças

Sou o brilho da manhã calorosa

Sou o afeto no rosto dos incompreendidos

Sou o verbo que rasga a falsidade.

Sou o beijo na boca da compreensão

Sou o ódio no amor inabitável

Sou a visão na mente do revolucionário

Sou a sede embriagada de desejos contraditórios.

Eu sou o tudo

E a mesmo tempo

Eu sou o nada.

Não sei da onde vim

Nem sei pra onde vou.

Mas o que sei

É que sou algo

Que penetra nesse universo

De constantes dúvidas

E perguntas.

Hugo Paz

Hugo Paz
Enviado por Hugo Paz em 06/05/2013
Reeditado em 10/09/2014
Código do texto: T4276995
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