Explicações

Tão difícil tentar explicar

Algo que não há explicação lógica!

A gente roda, roda.

E quando vê, percebe que

Simplesmente não moveu centímetro algum!

Busca as palavras.

Todavia, por mais que saiba de cor o Aurélio,

É como se tivéssemos dois anos

E não soubéssemos nada além do nome próprio.

Existem momentos de se transformar.

Existem quês que são eternos!

Mas, que quando nos questionam explicações,

É difícil dizer.

As palavras fogem, como papa-léguas,

Rapidinho, rapidinho.

E então ficamos com cara de bobo.

Como se do espetáculo

Tivéssemos perdido o final.

E depois que se perde o final,

Não adianta resmungar.

Nem rebobinar a filmagem.

Já perdemos o encanto

A assistir tudo de novo.

Há momentos em que a loucura,

Tão louca, tão esperta,

É a única resposta menos complexa.

Somos loucos em momentos alguns.

E nos escondemos dentro disso tudo!

Preferimos fazê-lo.

É mais fácil.

Muito mais fácil.

Poupa-nos os pensares.

Aprendemos a ser assim.

A vida pede.

Somos forçados por ela.

E nós que nos atrevamos a desafiá-la!

Ela volta em algum momento

E nos põe de frente ao espelho,

Para que vejamos que não somos nada

Além de bonecos de ventríloquo.

Marionetes ao sabor do vento.

E quando venta forte...

Aí somos todo só bagunça!

Saímos mais desconsertados do que quando entramos.

E não há cola que nos ajeite.

Nem cola, nem laço de enfeite.

Ficamos perdidos, jogados.

Como brinquedo velho nas mãos de criança.

Vamos empoeirando, criando mofo.

Até que alguém se disponha

A limpar nossas frestas e cantos.

Até que alguém nos aparem as arestas.

Para evitar ferimentos futuros.

Somos constantes mutações.

Não tão ambulante metamorfose,

Como dizia Raul Seixas.

Mas, talvez algo mais que borboleta.

Deixamos o casulo

Todo protetor da casa dos pais.

E por um tempo esperamos a brisa

Que nos eleve.

Aprendemos a sentir o vento.

E mais...

A driblar as tempestades de areia.

Por vezes, somos multicoloridos.

Chamativos, que saltam aos olhos.

Noutras, talvez vamos perdendo a cor.

Fechando as asas.

Voando menos...

Para depois ressurgir das cinzas,

Como fênix.

Pronto a novas aventuras.

Para voos mais altos e soberanos.

E assim vamos evoluindo.

Buscando a evolução, ao menos.

Todavia, não há evolução,

Sem que as respostas sejam perseguidas.

Nem que para isso

Acabemos nos fazendo de loucos.

Só para não ter que responder e explicar

Nada além do que a alma pede dizer.

Talvez assim seja mais fácil.

Talvez assim descubramo-nos.

Ou talvez, nem assim.

Talvez seja melhor observar.

E tão somente isso.

Nada mais!...

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 08/05/2013
Código do texto: T4279670
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