Vento no litoral II, René Magritte ( Les Merveilles de la nature)

No quebra-mar

Ao litoral

Dois peixes apaixonados

E um navio fantasma

Que de fundo se postava ao lado

Humanizados em rocha

Estranheza a prosa

Do trivial olhar cotidiano

Olhei os peixes em pedra

Me lembrei de uma canção de infancia

Pois como pode o peixe vivo viver fora

Quando sua companhia for embora

Se torna então em carne

Se no concreto se vale eterno

Quando a eternidade de nada vale

E a fantasma nau se vai

No sonho e na tela seu cais.

Esdra Souza
Enviado por Esdra Souza em 08/05/2013
Reeditado em 28/03/2022
Código do texto: T4280129
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