Vento no litoral II, René Magritte ( Les Merveilles de la nature)
No quebra-mar
Ao litoral
Dois peixes apaixonados
E um navio fantasma
Que de fundo se postava ao lado
Humanizados em rocha
Estranheza a prosa
Do trivial olhar cotidiano
Olhei os peixes em pedra
Me lembrei de uma canção de infancia
Pois como pode o peixe vivo viver fora
Quando sua companhia for embora
Se torna então em carne
Se no concreto se vale eterno
Quando a eternidade de nada vale
E a fantasma nau se vai
No sonho e na tela seu cais.