Cassiopéia

Cassiopéia (ou o poema da delicadeza perdida)

Túneis de cores e aspirais

Abertos no ventre da noite

Trinta estrelas e seu traço

definitivo

Linhas de luz-norte-infinito

(Cassiopéia em azul vestido)

Agora códigos desfeitos do paraíso

São os filhos dos deuses da pedra

E dos olhos de cachimbos de vidros

novas meninas, meninos

músculos tensos, versos de fogo

som de tempo-ferro-fundido

Lábios em cores frias

com risos alucinados

fogos de artifícios

cospem balas de cobre

na retidão do impossível

sangram em ágata-laranja

a sentença de tudo ser permitido....

Tonho França.

Tonho França
Enviado por Tonho França em 27/03/2007
Código do texto: T428236