O amor...

Posso dizer que vim a passeio,

Missionada ou mesmo sem motivo algum.

O que me difere é crer no amor.

Creio no amor, piamente.

Talvez seja a única coisa que sei.

De fato e de direito.

Com toda a pompa de escritor renomado.

Com toda a clareza de um ser iluminado.

Talvez seja ele, o amor,

O único quê que me traga sabedoria.

O amor como fonte de sobrevivência.

Nas suas mais variadas formas, sem exceção.

O amor como brilho dos olhos.

Mesmo quase sem poder enxergar nem um palmo.

Todas as formas.

Todas as dimensões.

Tecnológico ou mesmo utópico.

Tanto faz.

Aliás, não há diferença alguma!

Desde que vindo das profundezas d’alma,

Toda forma de amor é válida.

E já falando em profundezas d’alma...

Posso dizer que me conheço melhor

Toda vez que me disponho

A olhar-me, me amando.

Quando enxergo as coisas e seres

Com os d’alma,

É tão mais fácil saber

O quanto tudo é verdadeiro!

Sai dos poros.

Expira pelos suores.

Mas, não fede.

A permanência, a companhia,

Acaba por se tornar agradável.

Tudo flui melodicamente.

Não nos doendo os ouvidos.

Não nos dando dor de cabeça.

Diz Sigmund Freud

Que, para que conheça seus defeitos,

Antes de tudo deve dispor-se a conhecer-se.

Sábias palavras, para a época.

Porém, pouco postas em prática na atualidade.

Pena ver que hoje

O quê que move o mundo

Anda sendo posto em segundo, terceiro plano.

Talvez se tal prioridade se invertesse

Muitos poucos desgastes encefálicos teríamos.

Seríamos mais felizes.

E, consequentemente, muito mais felizes.

Deixaríamos de reclamar

Se a calçada do vizinho está suja,

E nos preocuparíamos mais

Com nossa própria ignorância.

Exaltaríamos o belo e simples,

Ao contrário do que se vê hoje.

Deixaríamos na pele, como tatuagem,

Somente e tão somente

O lado bom da vida!

Para que todos vissem e apreciassem.

Sem pressa.

Sem firulas.

Sem aqueles enfeites bestas

Que a maioria usa,

Só para dizer que vale mais.

Vale o quanto vale.

Nem mais, nem menos!

O que nos faz valer

Não são os adornos, as sianinhas douradas.

Mas o quão honesto fomos para adquiri-los.

O que nos faz seres bonificados ou amaldiçoados

É o quanto do nosso coração

Entregamos àqueles que nos amam.

Ou que se importam conosco.

Isso sim nos avalia!

Isso sim nos mostra se estamos no caminho.

A que viemos.

Por quem viemos...

E se permaneceremos bons ou maus?

Quem dirá?

Talvez seu coração lhe diga!

Talvez seu espelho lhe mostre!

Tente enfrentá-lo!...

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 12/05/2013
Código do texto: T4286455
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