AOS LOUCOS
AOS LOUCOS
Aos dramas que se
fazem os suspiros.
Às tramas que
fazem grandes os assassínios.
Aos loucos os
gritos do desespero.
Ainda assim a
esperança.
Aos cáusticos da
realidade.
Aos loucos
que criam
os sonhos.
Aos sonhos que
se avizinham
das divisas.
Às tramas
que revelam
o pesar do sofrimento.
Aos dias em que se passam
os delírios.
Aos que amam
e convivem com as tramas.
Aos loucos que vivificam
os que ferem.
Aos dramas que
se tornam sinistros.
A acústica do
medo.
Aos loucos que
variam a sintonia
do encontro com os
dramas que tão tristes que são.
FERNANDO MEDEIROS
Campinas, é outono de 2007.