CORPOS E LENÇOIS...
Amantes, amados em olhos de desejos
Cuja mordida da boca persegue o beijo...
Nomes e fomes que se embrulham num verbo seco.
Sem voz no silêncio além do murmúrio.
Na loucura da paixão que procura o prazer...
As mãos insanas atentam conscientemente as privações do corpo libertando da roupa a alma em fera;
Libertando a louca vontade de não se deixar aquietar.
Acordando as feridas,
Exorcizando os demônios, que só num quarto é que se pode enxergar.
Ah mulher!...
Ah mulher! ... Quão perigoso é o teu gemido ao pé do ouvido;
Tuas unhas soltas em abraços carinhosamente maliciosos vem me procurar, como uma ponta de ferro acesa, que rasga a carne até o sangue... até não se sentir a dor.
Depois do amor...
Não me deixes assim no leito...
Ardendo em febre de desejo, com a boca ainda seca de vontade dos teus inebriantes seios.
Não permita, que o suor dessa loucura derrice pelo colo sem um sentido verdadeiro.
Pois o meu amor é inteiro...
O teu amor é um vulcão, que põe fogo nessa minha vida de seresteiro,
Que me põe em cárcere do coração.