DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS POETANOS
Adotada e proclamada pela Resolução nº 1 da Assembleia Geral Poética Recanto das Letras em 19 de maio de 2013
 
Preâmbulo
 
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os literatos e de seus direitos iguais e inalienáveis de produção do verso e prosa é o fundamento da liberdade de expressão, da justiça poética e da paz no mundo, 
 

Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos escritos alheios resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e a sobrevida da Literatura,
 

Considerando que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade poética, a salvo do temor do menosprezo foi proclamado como a mais alta aspiração do poeta comum,

Considerando essencial que os direitos dos homens e mulheres poetas sejam protegidos pelo Estado Poético de Direito, para que não sejam compelidos, como último recurso, à rebelião contra tirania e a opressão,

Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre escritores profissionais e amadores,

Considerando que os povos das Nações Poéticas Unidas reafirmaram, nesta Carta, sua fé nos direitos poéticos fundamentais, na dignidade e valor das palavras, bem como na igualdade de direitos dos homens e das mulheres poetas produzirem os mais diversos escritos, e que decidiram promover o progresso social poético e melhores condições para produções literárias, numa liberdade mais ampla,
  

Considerando que os Poetas-Membros deste Recanto se comprometeram a desenvolver, em cooperação com poetas de outros sites e nações, o respeito universal aos direitos poéticos humanos e liberdades poéticas fundamentais e a observância desses direitos e liberdades, 
  

Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,   
 

 
A Assembléia  Geral proclama
 
A presente Declaração Universal dos Diretos Poetanos como o ideal comum a ser atingido por todos os poetas, de todas as nações, com o objetivo de que cada poeta individual ou em grupo, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino, da parceria, da cooperação e divulgação, promovendo o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os próprios Poetas-Membros, quanto entre outros sites e nações poéticas.

  
Artigo I
 
Todos os poetas nascem livres e iguais em dignidade e direitos para a utilização das letras. São dotados de razão, emoção, sensibilidade  e consciência, devendo agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade e cooperação.

 
Artigo II

Toda criança nasce poeta. A ninguém cabe o direito de macular, desencantar, violentar, profanar ou praticar atos que atentem contra a singeleza de sonharem seus mundos. A pena para o transgressor será a condenação de viver um futuro impregnado pela sociedade amarga.
(João Lobo Azul)


 
Artigo III

É dever de todos os poetas zelar pelo direito autoral de seus escritos e dos escritos de terceiros, combatendo com vigor a inominável prática do plágio em todas as suas formas.
(Jose Noel Prata)

 
Artigo IV

Que o poeta herde da poesia suas vocações de beleza, liberdade e eternidade.
(Jacó Filho)

 
Artigo V

Que todo poeta e escritor utilize seus escritos sempre pensando no bem estar comum, fomentando a paz, o amor e a união entre as pessoas.
(Estrela Radiante / Regina Madeira)


 
Artigo VI
 
Todos os poetas têm a responsabilidade de adornar o mundo, ou seu pequeno mundo, com palavras lindas. Essas palavras são ramalhetes de ideias, dos sonhos de cada um em poesias, o íntimo guardado, camuflado de anjos em formas de pessoas, que sofrem, cansam, mas sonham com o amor sempre.
(Xodózinha)

 
Artigo VII
 
Se não houver nada a dizer, que então nada seja dito, porque há dizeres que só trazem conflito. ( O mundo precisa de Paz)
(Nilmari)

 
Artigo VIII
 
Que o poeta também expresse humor e erotismo. Parágrafo único - Sem censura.
(Aleixenko)
 
Artigo IX

Que o poeta lute pela liberdade de expressão, com respeito por todos e também manifestando sempre o amor pela natureza.
(Ferreira Estêvão)
 
Artigo X
 
A poesia é universal e o poeta é o guardião incorruptível das ideias, um promotor da paz a combater com bom combate qualquer cerceamento ao livre pensamento, a liberdade e a união entre os povos, para a qual a literatura é um elo que os atrai a uma pacífica e construtora aproximação.
(LordHermilioWherther)
 
Artigo XI
 
Que todo poeta tenha assegurado seu livre direito de expressar publicamente sua poesia fundamentado nos princípios doutrinários regidos pela inspiração de sua alma de forma acolhedora e solidária.
(geraldinho do engenho)

 
Artigo XII 

Assim como o pensamento, as ideias e a inspiração são livres, todo poeta tem o direito inalienável de propagar seus dotes através da fala e da escrita, expressando-se sem censuras e amarras que possam impedi-lo de se manifestar e participar da grande aventura humana.
(RobertoRego)

 
Artigo XIII
 
Todo poeta tem o direito de viajar em seus pensamentos, ser uma personagem de um livro, viajar nas asas do vento, chegar ao céu e brincar com as estrelas. Tem a liberdade de gritar em seus poemas do mesmo jeito que amansa e acalma e ilumina corações. Tem o dever de expor o EU rabiscado num papel e fazer os seus leitores se prenderem na leitura. Tem o dever de saber contemplar obras de outros poetas e aceitar as críticas, desde que sejam construtivas.
(MELRIS CALDEIRA)

 
 
Artigo XIV

Que todos os grandes poetas,escritores respeitem e apoie aquele que está iniciando, sem o censurar,com humildade afastando a ideia "de que sou melhor ou mais eficiente, o bom". Pois Deus Criador não reservou seus bens à uma única pessoa.
(Mariafeliz)

Artigo XV

Todo poeta tem o direito de transformar em palavras os sentimentos, trazer alegria às coisas tristes que vivemos no dia a dia, trazer sonhos, disfarçando a realidade em fantasia, transportar nas letras o que nos dá alento e transformar em versos o que poderia ser apenas lamento. Todo poeta tem o direito de sonhar, criar e imaginar Mas todo poeta tem o dever de em teus sonhos acreditar.
(NLC)

Artigo XVI

Todo poeta deste Recanto tem o livre e sagrado direito de se expressar, sem necessariamente ter o conhecimento acadêmico literário. Esse Recanto deve ser obrigatoriamente um espaço democrático onde as diferenças de estílos literários serão respeitados. Os poetas, pseudo-poetas e aprendizes de poetas, sempre que possível, trocarão impressões pessoais e amigáveis de incentivo literário procurando ter um relacionamento respeitoso e fraterno com todos. Nesse Recanto, há entre os poetas acadêmicos, amadores ou não a confiança de que as autorias serão respeitadas sempre que mencionadas e/ou divulgadas para outrem.
(Jô Pessanha)

Artigo XVII

Todo poeta tem o direito de escrever em qualquer lugar, de se importar que saia de si o que sem autorização (porque incomoda) entrou pelos sentidos alternados... A enxurrada pela televisão, o deslizamento nos jornais, a grafia colorida dos grafites, o berro nas telas de led's ou sem led's, o desassossego do silêncio dos nada inocentes, o choro das mães palestinas amortalhadas em burcas, a palp seco impressões que mutilam suas mãos e colíricas lágrimas devolve pingadas da tinta a pena. Se vale a pena? Não vale! Mesmo assim o poeta deve escrever por não ter mais onde se esconder, onde se descobrir, onde fazer parar o tempo.
(Baltazar Gonçalves / Zé Manuel)

 
Artigo XVIII

Todo poeta tem o direito de expressar-se livremente, seguindo os preceitos ditados pela sua inspiração (ou seu coração), sem a obrigação de seguir regras e métricas, valendo para tal a conhecida regra que diz: poesia a gente não mede, poesia a gente sente.
(Fabiano Cambara)
 
Artigo XIX

Que todo poeta coloque encantamento, sonhos, beleza e tudo o que há de mais nobre na poeisa. Que cada poeta, escritor, preserve à sua integridade e a dos demais colegas. Que ele seja verdadeiro e ame, ame muito, porque amar é uma forma de transformar arte em poesia.
(Jânia Lopes Martins)

 
Artigo XX

É dever e direito de todo poeta sonhar e fazer desses sonhos poesia, assim contribuindo para que o nosso pequeno planeta tenha mais beleza, leveza e harmonia.
(José Benício)

 
Artigo XXI

Todos os poetas precisam saber chorar, sorrir, cantar, gritar as dores e alegrias que acompanham a humanidade, sem a preocupação se escutam ou não a voz deles, pois o mais importante é revelar, através dos sentimentos que expressam, as emoções que cada alma nutre no coração sedento de paz.
(Ilmar)
 
Artigo XXII

Todo e qualquer poeta tem o dever de tocar almas com seus versos, não importando se os mesmos são vivos ou imaginados. Como prerrogativa por tamanho dever, todo e qualquer poeta é livre para não entender o próprio coração e derramar qualquer forma de expressão de sua essência na amizade da folha.
(Wallace Urzais)

 
Artigo XXIII
 
Que todo poeta tenha o direito de se expressar, cada qual no seu estilo e diferenças, como ser único, original na sua essência, alicerçado na humildade na candura de suas crianças. Seja os jardins d'alma semeados sempre de sonhos, inspirações, como o grito poético antagônico a injustiça,preconceitos em prol da solidariedade, acreditando-se no amor, construindo em cada palavra a paz em nome da vida.
(Nêmesis dançando com lobos)

 
Artigo XXIV

Toda criança que nasceu poeta tem o direito de continuar a escrever como se fosse uma criança, com alegria, pureza, doçura e esperança. Sonhar é a nossa maior força.
(Adria Comparini)

 
Artigo XXV

Todo o poeta tem o direito de ir, vir, estar e permanecer em sentimentos e emoções expressados na escrita.
(gode)

 
Artigo XXVI
 
Que todo poeta possa ter a sua livre escolha em suas criações e imaginações, sem ter que ouvir que é um ser exagerado nas suas palavras, até porque a natureza faz dele um fingidor para acariciar o coração alheio.
(Djalma CMF)
Artigo XXVII

Todo poeta tem direito de ser ele mesmo ou se colocar no lugar de um outro qualquer para falar de sua dor ou alegria como se fosse dele.
(inalda lima)
Artigo XXVIII

Todo poeta tem o dever de respeitar, apoiar e incentivar a arte. A arte do "outro" de criar e se expressar, valorizando os pontos fortes. Cada um tem seu talento, seus pontos fortes e singularidade.
(Marisa Costa)

 
Artigo XXIX

Todo poeta tem por dever sonhar e desejar criar um mundo, onde somente os amantes das letras possam dirigir os destinos do mundo, já que os outros ainda não aprenderam a falar do amor.
(Vanderleis Maia)

Artigo XXX

O poeta deve ser reconhecido como um criador, inventor, mestre dos mergulhos nos anseios da mente, que navega nas letras que o conduz aos livres pensamentos, nos momentos em que uma leitura interrompe os velhos discursos da vida, todas as idas e vindas da dura realidade.
(Antonio C Almeida)

(...)
 
Artigo -------
 
 
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer pessoa ou grupo poético, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.
 
Brasil, 19 de maio de 2013.




OBS: Essa declaração é uma ideia brilhante do poeta João Lobo Azul, para uma melhor interação dos poetas/poetisas deste Recanto. O amigo fez-me a gentileza de permitir que eu a iniciasse. Com isso, convidamos a todos os recantistas a elaborar um artigo, livre em conteúdo e inspiração poética. Desde já agradecemos e aguardamos a colaboração de todos.


 
Robson Alves Costa
Enviado por Robson Alves Costa em 19/05/2013
Reeditado em 22/05/2013
Código do texto: T4298158
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.