Mãos Mirradas




Mãos mirradas
Cansadas
Olhares mórbidos
Busca pela vida na imensidão do nada
Mãos marcadas
Pelas feridas da vida
Grito sufocado
Delírios da agonia
Sombras da morte
Sobrevoam  o moribundo
Que teima em respirar
A mão vacilante
Para por um instante
Descansa sua fé
Na mão que se estende
Em sua face cadavérica
Nasce a expressão da alegria
Ao perceber que nem todos são diferentes
À sua fome
A Sua dor
A Sua agonia
E numa fração de segundos
Cruzam-se o olhar
Do anjo  e do moribundo
Atravessam seus espíritos
O mix de sentimentos
De um lado a compaixão
Do outro o agradecimento
E em meio ao tormento
Descobrem o verdadeiro sentimento
Que somam dois em um
Em suas diferenças
Tornam-se iguais
Filhos do mesmo Pai!
Mãos mirradas se fortalecem
E a Deus eleva uma prece
Pela vida do irmão
 Seu Canal de benção e salvação
Pensando sorri:
Ainda há esperança para outros
Assim como houve para mim!
Obrigada Deus,pelos anjos da paz!






Poesia apresentada para Antologia de Imagem do EPA ( Encontro de Poetas e Amigos no mês de abril 2013


Ana Lúcia Mendes dos Santos Sampaio-Clara  Fênix
Clara Fênix
Enviado por Clara Fênix em 19/05/2013
Reeditado em 19/05/2013
Código do texto: T4298787
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