Lentamente, o corpo
A vida nos inspira talvez menos do que ela nos mata.
Mata lentamente o corpo,
Que no sufoco, nem percebe que está desfalecendo...
Ele vai vivendo e mantendo as aparências.
Só que as aparências sempre enganaram,
Não vai ser agora que elas falarão a verdade, nem por um decreto!
Tá certo! Vai dizer que a vida é legal.
Mas, quem nunca se sentiu um anormal?
Caminhando pelas ruas sem propósito,
Sem prestar atenção se é noite ou dia.
Os olhos não enxergam a Poesia...
Na vaga concepção que temos de mundo
Perguntamos-nos o que estamos fazendo aqui.
Enquanto a mente divaga e sem a resposta
Ela volta a dormir e a desfalecer com o mesmo corpo
Que está morrendo lentamente,
Mas que nunca será morto.