Lentamente, o corpo

A vida nos inspira talvez menos do que ela nos mata.

Mata lentamente o corpo,

Que no sufoco, nem percebe que está desfalecendo...

Ele vai vivendo e mantendo as aparências.

Só que as aparências sempre enganaram,

Não vai ser agora que elas falarão a verdade, nem por um decreto!

Tá certo! Vai dizer que a vida é legal.

Mas, quem nunca se sentiu um anormal?

Caminhando pelas ruas sem propósito,

Sem prestar atenção se é noite ou dia.

Os olhos não enxergam a Poesia...

Na vaga concepção que temos de mundo

Perguntamos-nos o que estamos fazendo aqui.

Enquanto a mente divaga e sem a resposta

Ela volta a dormir e a desfalecer com o mesmo corpo

Que está morrendo lentamente,

Mas que nunca será morto.

Kétilen Paes
Enviado por Kétilen Paes em 21/05/2013
Código do texto: T4302249
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