Traços de palavras

Não sou um assassino da linguagem

Com as palavras traço os meus destinos

Delas tornei-me um peregrino

Com meus atos é que decido

E os faço com os fatos que escrevo

Desatinos de minhas imagens

Se no meu peito arde

A ânsia de escrever

Faça-o agora antes que seja tarde

Talvez me falhe a memória

Se corretos, verdades ou erros

É o desejo do acerto

Se algo tenho a dizer

Que seja na hora

Pois se errado ou certo

Pouco importa

O importante é não esquecermos

Que fazemos parte da história

Da escrita tornei-me escravo

Com ela dou asas à imaginação

Com lápis e papel na mão

Vivencio minha emoção

Gravo as lembranças do passado

Mesmo que façam doer o coração

Trago na mente recordações

Apego das coisas sentidas

Isso não me glorifica!

O essencial é que foram vividas

Se alegres ou sofridas

Fizeram parte da minha vida

Quando ao mundo vim

Mesmo com tanto zelo, teria um fim

Se algum legado terei que deixar

Certamente será o que já fiz

Pois, o que ainda não construí

Um dia, alguém irá realizar.

Paulo Augusto Menezes
Enviado por Paulo Augusto Menezes em 23/05/2013
Código do texto: T4304395
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