VERDE QUE TE VERSO

Me dispo e deito na grama,

penso versos bucólicos.

O rosto cai no lago,

olhos de água doce,

a natureza em amores tórridos.

Penso a raiz da escrita em

aguas verbais com sóis em delírios,

alimento das entrelinhas,

um manto que jaz

girassois e lírios.

Estufas de sonhos,

mundo aquecido dos corações.

O gelo derretido brota a flor

entre escritos e caules,

folhas e plantações.

Por isso o mundo não é cinza,

cubro-me do ainda azul que não meço.

É olhar para céu e estar tomado.

Ares poéticos do que é verde...

Ver-de-me. Ver-te-me em seus versos!

Naldo Coutinho
Enviado por Naldo Coutinho em 29/03/2007
Reeditado em 09/11/2007
Código do texto: T430684