Colhendo amarguras
Ao tempo que é senhor da cura
Peço somente uma folha branca
Para desenhar em língua
Toda dor e amargura
Ao mundo que é o senhor da guerra
Peço,cansada,algo para admirar
Para não parar de sonhar
Com dias de nunca mais acordar
Ao fogo que é o senhor da morte
Peço alguém pra amar,sempre.
Para queimar a pele
Com toda fúria do toque
Ao céu que é o senhor da verdade
Peço dias de paz e saudade
Para que não me canse
De toda angústia e vontade
Ao mar que é o senhor da imensidão
Peço noites de abundância
Para olhar o que é menor,inconstância
E assim deixar a vida com mansidão
Ao amor que é o senhor de toda dor
Peço que aceite meu triste fim
Para que meu escrito enfim
Possa deixar seu gosto de flor