Os personagens da minha poesia
Nem sempre sou eu
O personagem da poesia
As vezes é o que eu vejo
Não em mim, nem dentro de mim
O que eu faço é observar
Os movimentos a minha volta
É como se fosse preciso
Desenhar o invisível
É como se os sentimentos
Que estão perdidos e sofridos
Quisessem serem encontrados
E encaixados numa melodia