"Soneto" SERÃO ESPINHOS... SER&At
SERÃO ESPINHOS... SERÃO ROSAS
Serão espinhos..., serão rosas,
Estas minhas mãos desajeitadas,
É que se há verdade nas prosas,
Quanto delas são palavras eivadas,
De lembranças mui ardilosas,
Já por mim então inventadas?
Ao escrevê-las diremos nossas:
Mas como se as tomamos emprestadas?
Serão rosas ou serão espinhos?
Estas mãos são sobretudo uma necessidade
De criação, de doutos caminhos.
Por isso digo amor, e fora pedra.
E não há diferença nem falsidade,
Se ambas medram da mesma leva.
Jorge Humberto
(12/08/2003)