MAR REVOLTO

Pus o meu corpo no mar,
Meus olhos no azul das ondas
P’ras ondas eu acariciar
Com meus lábios n’água imersos
E as gaivotas em rondas
Vigiando na praia os meus versos.
Mas o mar revolto
Trouxe-me o leviatã solto
Nas ondas do maremoto.
Bebi do mar, insepulto,
Esta golfada de sal
Em fel fermentado o insulto.
No mar gigante, anormal,
Agora, à sombra do que me assombra,
O infame peixe descama
Quando o meu nome difama.
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LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 11/06/2013
Reeditado em 11/06/2013
Código do texto: T4335882
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