TUDO E TODOS

Sendo único, sou um frasco

Cheio da quintessência de tudo;

Tenho, na profundidade da minha alma,

Todos os jardins floridos,

E todos os palcos desertos!

Minha é a dor das nuvens em pranto,

E a volúpia dos lírios no campo;

Tenho, na minha ínfima brevidade,

A sensação inexprimível da eternidade!

Sendo único, sou todos,

Desde o menino faceiro a brincar no parque

Até o ancião debruçado na janela do tempo!

Tenho, na expressão obscura da minha face,

A alva que anuncia o raiar de um novo dia,

E a sempre terna sombra,

Imensamente escura,

Imensamente sombra,

Da sempiterna nostalgia!

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 11/06/2013
Reeditado em 17/06/2013
Código do texto: T4336619
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