AO PÉ DA LETRA

Maria Clara, a morena

É oito ou oitenta,

No claro dos cinquenta.

Não deixa por menos,

Por mais, tampouco.

Coisas de somenos

Ou crises de loucos.

Maria (é claro)

Tem a medida

Exata da vida,

Nada de menos

Nada de mais.

Ao pé da letra, revida

O tamanho de seus ais.

“Nem tanto ao mar

Nem tanto à terra”,

A morena Maria

Aporta no melhor cais.

Maria Clara, a morena

Faz travesseiro de penas,

Dorme em alva cama

Brilhante, como o lençol

De noiva na grama,

Quarado,

Onde se esparrama.

O sereno misturado

Com o claro do sol.

O dourado sonho de Maria

Sem excesso ou fantasia,

No ponto certo ela tenta.

Arregaça as mangas

Sem medo inventa,

Risos livres das cangas

Ou água benta.

Clara, a morena

Maria

Sem pena

Atormenta

Equilibra-se entre o oito

Da alegria

E a razão do oitenta.

Londrina,

17 de Junho/2013

13:59

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 17/06/2013
Código do texto: T4345730
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