Escrita sem pensar numa noite de insônia e sem esboço nem do título
Os olhos ardem
As ideias se perdem
Ouço violinos e piano
Preciso dum chá morno
Os braços as forças perdem
A cabeça balança e tomba
Volto a despertar e continuo
Ouço canto gregoriano
Olho as xícaras em torno
O desespero é contínuo
Não sei mais o que escrevo
Mais sei escrever o que não sei
Assim como as ideias que voam
Para não mais voltar
Não sei, mas escrevo que
Mas escrevo que não sei
Se chegarei ao fim enfim não sei
Não sei não
Não durmo não
Trabalho em vão
Quero dormir
Preciso protestar
Palavrão não digo não
Quero gritar na madrugada
Vou dormir e contar carneirinhos
Vou pensar em cavalhos marinhos
De manhã verei os passarinhos