Escrita sem pensar numa noite de insônia e sem esboço nem do título

Os olhos ardem

As ideias se perdem

Ouço violinos e piano

Preciso dum chá morno

Os braços as forças perdem

A cabeça balança e tomba

Volto a despertar e continuo

Ouço canto gregoriano

Olho as xícaras em torno

O desespero é contínuo

Não sei mais o que escrevo

Mais sei escrever o que não sei

Assim como as ideias que voam

Para não mais voltar

Não sei, mas escrevo que

Mas escrevo que não sei

Se chegarei ao fim enfim não sei

Não sei não

Não durmo não

Trabalho em vão

Quero dormir

Preciso protestar

Palavrão não digo não

Quero gritar na madrugada

Vou dormir e contar carneirinhos

Vou pensar em cavalhos marinhos

De manhã verei os passarinhos

Oswaldo Eurico Rodrigues
Enviado por Oswaldo Eurico Rodrigues em 18/06/2013
Código do texto: T4346667
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