BATIDA
Ritmo que não cessa
Às vezes tem pressa
E quando perde o compasso
Stressa, ficam apenas os estilhaços
Batida que é como a alma
Ou como o espinho da rosa
Nasce junto e só se separa
Quando se vai embora
É o sino que me alerta
Dos demônios e almas perversas
Ou de um ser que me desconcerta
Quando atrai os meus olhos e me interessa!
Batida que acelera
Quando estou perto de alguém
Que me faz ir além
E dentro de mim vira uma festa!
Terror quando bate de repente
Insistente, apressa
Às vezes por poucos segundos
E sinto um frio que congela
O pássaro detém-se no ar
Suas asas ficam mais lentas
Tudo parece acuar
E algo em mim esquenta
As folhas que o vento balançava
Agora estão no lugar
O Ar que falta, aumenta
A batida fica mais rápida
E me vêm um medo terrível
De escutar a ultima batida
Mas foi apenas um susto
Respiro aliviada, ainda estou viva!