Gente Estranha

Qualquer dia desses, ainda enlouqueço.

Com direito a babar colorido.

Essa coisa da cabeça a mil

Escrevendo, pensando.

Ainda bem que tenho a escrita

Para me abafar um pouco.

Para me fazer fugir um pouco de mim.

Sempre acreditei nas coisas belas da vida.

No poder do amor

Como forma de unir afins

E de apaziguar desafetos.

Sempre fiz dele, o amor,

Minha fonte de sobrevivência

Nesse mundo estranho demais.

Porém, ainda encontro gente que fuja dele.

Que fuja daquela sensação boa

De receber elogios.

De dividir como foi o dia

Num diálogo gostoso.

Gente com medo de sentir algo n’alma.

De gostar.

Que foge por ser mais cômodo.

E venhamos e convenhamos,

Comodidade demais leva-nos ao sedentarismo.

Quando digo ser sedentário

Não pré-julgo ao tamanho da circunferência abdominal.

Mas, à falta de crescimento encefálico.

E também à falta de uso do coração.

Além de bombear o sangue.

Gente estranha, essa!

Diz ser feliz,

Mesmo estampando nos olhos nenhuma calmaria.

Diz gostar.

Mas, foge como quem vê o diabo à frente!

Talvez um dia eu compreenda.

E me conforme ao ver gente assim, por aí...

Por enquanto, prefiro acreditar no que me eleva.

Acreditei sempre no poder da mente.

E a minha, garanto,

Aprendeu a sobreviver às tempestades.

Principalmente aos raios de emoções

Que vêm delas.

É pena, porém, ver que ainda existam

Pessoas que, ao menor sinal de iluminação sobre suas cabeças

Escondam-se, encolhendo-se

Por um mero medo besta

De experimentar o quão bom é

Ser admirado por algo positivo que possua.

Pena mesmo...

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 25/06/2013
Código do texto: T4357176
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