POEMA PRONOMINAL
MINHA amada traduz posse
AQUELA mulher me demonstra
Que EU seja sempre pessoal
Mas no caso, reto é claro
Pois a MIM ficaria oblíquo
Se ELA na terceira pessoa do singular
Do singular pessoalmente
Não tivesse ao MEU lado possessivo
ESTA é demonstrativo, quando estoum perto
ESSA é quando ´penas me refiro
CUJA relativa pessoa
Remete-ME a ênclise oblíqua e desvairada
Pois do contrário, EU,
Mesmo na primeira pessoa
De um simples singular
Sou um sujeito explícito e proclítico
Sempre venho na frente do verbo
E TU, sendo a segunda pessoa
És também singular e sujeito
Mas se dou a TI qualquer coisa
Passas obliquamente
A ser um simples objeto,
Ser-ME-ia uma mesóclise no ostracismo
E só tem cabimento nos futuros
Do presente ou do pretérito
Mesmo VOCÊ que é de fino tratamento
Pode ser sujeito de qualquer oração
Por ISSO demonstram que as pessoas oblíquas
Só funcionam como um objeto, e indireto
Nunca são sujeitos de uma sentença qualquer.
Samuel Alencar da Silva