POEMA PRONOMINAL

MINHA amada traduz posse

AQUELA mulher me demonstra

Que EU seja sempre pessoal

Mas no caso, reto é claro

Pois a MIM ficaria oblíquo

Se ELA na terceira pessoa do singular

Do singular pessoalmente

Não tivesse ao MEU lado possessivo

ESTA é demonstrativo, quando estoum perto

ESSA é quando ´penas me refiro

CUJA relativa pessoa

Remete-ME a ênclise oblíqua e desvairada

Pois do contrário, EU,

Mesmo na primeira pessoa

De um simples singular

Sou um sujeito explícito e proclítico

Sempre venho na frente do verbo

E TU, sendo a segunda pessoa

És também singular e sujeito

Mas se dou a TI qualquer coisa

Passas obliquamente

A ser um simples objeto,

Ser-ME-ia uma mesóclise no ostracismo

E só tem cabimento nos futuros

Do presente ou do pretérito

Mesmo VOCÊ que é de fino tratamento

Pode ser sujeito de qualquer oração

Por ISSO demonstram que as pessoas oblíquas

Só funcionam como um objeto, e indireto

Nunca são sujeitos de uma sentença qualquer.

Samuel Alencar da Silva

salencar
Enviado por salencar em 25/06/2013
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